quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Sobre as eleições

É galera!

Confesso que estou muito feliz e absurdamente surpreso com o nível de consciência que o eleitor carioca está demonstrando!
Primeiro a exclusão de Crivella e agora, no segundo turno, Gabeira já está ganhando de Eduardo Paes!
Esta situação realmente me faz ver o início do despertar de uma nova fase de consciência e de valores sólidos em nossa sociedade. Pelo menos a carioca.
Isto é muito bom!
Desejo a todos uma eleição para prefeito, neste segundo turno, baseada em muito estudo do histórico, do perfil, das influências e parcerias públicas e privadas e do projeto de governo dos candidatos!
Eu já fiz isso e já fiz minha escolha. E você?
Abaixo, alguns textos interessantes que recebi por e-mail.
Vale a pena investir uns 5 minutos e ler, nem que seja para criticar ou não concordar. : )
Se após os devidos filtros e pesquisas das informações abaixo, concordarem com os conteúdos, sugiro que repassem.
Afinal, esta é uma das principais vantagens da Internet. A liberdade de expressão.

Abração a todos!
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Será que o Rio merece EDUARDO PAES?
O que fazer?

Sete Motivos para Você Não Votar em Eduardo Paes:
1 - Ele vai aplicar a política de Segregação Social na áreas valorizadas.
Como sub-prefeito da Barra e Jacarepaguá e como Secretário de Meio Ambiente promoveu a perseguição e a remoção de Comunidades pobres para abrir caminho para a especulação imobiliária.
Exemplo Prático: Barra da Tijuca, orla da lagoa da Barra. Removeu a Comunidade oriunda de pescadores ( ele mesmo dirigiu um trator ) para fazer uma área de preservação ambiental. Resultado. Retirou os pobres e no local surgiu o Shopping Barra Point e a sede da Unimed. Seu lema devia ser: 'Preservar para as Elites'.
2 . Ele vai mudar o discurso quando alcançar o poder. Vai trair o eleitor.
Mudou de partido seis vezes. A última as vésperas da eleição. Traiu os amigos.
Exemplo prático: Em 14 anos de vida política é a sexta troca de partido. Em 1993, ainda sub prefeito da Barra da Tijuca, era filiado ao PV, em 1996 foi para o PFL onde se elegeu vereador e deputado federal, em 1999 se filiou ao PTB, em 2001 volta ao PFL, em 2003 vai para o PSDB, por onde se candidata a governador e agora, 2007, vai para o PMDB.
3. Ele é o candidato da especulação imobiliária.
Quem sabe por isso sua campanha já tem cinco vezes o custo de todas as demais campanhas?
Exemplo prático: No PMDB queria vender o quartel da PM do Leblon. Queria vender o parquinho da Cedae do Posto 6. Queria vender a delegacia do Leblon. E outras mais. A Prefeitura bloqueou tudo. Agora o que ele quer é acabar com as APACs e escancarar as portas à especulação imobiliária em toda a Zona Sul. Mas ele tem antecedentes. Aplicou o 'cone de sombras sobre as praias' e gerou uma estranha troca em São Conrado.

4. Ele apoia e é apoiado pelas milícias.
A identificação com os políticos ligados as milícias é flagrante.
Exemplo Prático : Disse, no RJ TV, que as milícias levaram a paz a segurança as Comunidades de Jacarepaguá. É só checar no YouTube.
Por 'coincidência' todas as áreas de milicianos estão fechadas com ele. Na Favela do Gouveia, em Paciência, o centro social do vereador Jerônimo Guimarães Filho (Jerominho) montou tendas para oferecer serviços gratuitos como escovação de dentes e aplicação de flúor, verificação de pressão arterial, manicure e até emissão de carteira de identidade com funcionários cedidos pelo Detran. Segundo moradores, junto com as tendas para a prestação dos serviços, chegaram à favela cerca de cinqüenta homens em um caminhão. Eles colocavam placas de CARMINHA Jerominho e do candidato a prefeito EDUARDO PAES nas casas.
5. Ele discrimina e desdenha as minorias e os movimentos sociais.
Está sendo processado pelos índios por ofensa moral. Não compareceu a nenhuma convocação para debate com os Movimentos Sociais.
Exemplo Prático: Quando secretário de Esportes do Rio, Eduardo Paes, desdenhou das aspirações indígenas, quanto ao prédio do antigo museu do índio, ocupado pelos Tamoios, que querem ali estabelecer um Centro de Referência da Cultura Indígena. Prevendo ali um estacionamento disse: 'Gostaríamos muito de ter a área para que o terreno fosse agregado à área do Maracanã'. O Instituto Tamoio está na Justiça contra uma declaração ofensiva do
secretário desqualificando o movimento. Veja no site do Tamoio.

6. É oportunista. Posiciona-se sempre ao lado dos que, momentaneamente, estão em vantagem. Não respeita princípios éticos, acordos, nem linha de conduta. Não tem ideologia, nem coerência política.
Exemplo Prático : Perseguiu incansavelmente o Presidente Lula, o chamou de ladrão e Chefe de quadrilha na CPI dos Correios. Tudo em rede nacional de tv e nos jornais. Agora tenta pegar carona na popularidade do Presidente.

7. Ele usa a Máquina Pública para benefício eleitoreiro.
Ele é acusado de Improbidade Administrativa, compra de votos e obras públicas em praça fantasma. Além de gravar programa eleitoral dentro de uma UPA o que é proibido por lei.
Exemplo Prático: A juíza da 8ª Vara de Fazenda Pública, Alessandra Cristina Tufvesson Peixoto, mandou notificar Eduardo Paes. O MP descobriu que a licitação da Fundação Parques e Jardins, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, dizia que seriam realizadas 'obras de melhorias e tratamento paisagístico na praça situada na Avenida Marechal Rondon com Rua Nazário', na Zona Norte. Ao visitar o local, a perícia do MP constatou que não existe qualquer praça. As melhorias foram feitas, na verdade, dentro do Conjunto Bairro Novo, que tem uma das entradas pela Rua Nazário. A área é propriedade privada e tem guaritas para o controle de entrada e saída de pessoas e veículos. Para o MP, o trabalho visou a benefício eleitoral. Depoimento de uma testemunha e panfletos apreendidos pelos promotores indicam que Eduardo Paes e o servidor público Nelson Curvelano estiveram no condomínio e prometeram aos moradores que fariam melhorias na praça. Naquele ano, Paes foi candidato a deputado federal. Curvelano concorreu para deputado estadual, mas não foi eleito. O panfleto, com fotos e o número de campanha de Paes e Curvelano, dizia que 'as obras da quadra e da área de lazer estão sendo realizadas (...). Vamos juntos, agora no dia 6, eleger quem realmente se comprometeu e faz'. Segundo os promotores, 'eles (Paes e Curvelano) induziram os agentes públicos competentes para a prática de ato de improbidade e dele se beneficiaram indiretamente, com nítido propósito eleitoreiro'.
Esse é o Prefeito que o Rio precisa?
Por amor ao Rio eu não voto em Eduardo Paes. VOTO GABEIRA!
E para não dizer que o voto é útil, eu digo que meu voto é convicto e sincero!

"Como parlamentar, é conhecido pela defesa do meio ambiente, das minorias e pela luta intransigente contra a corrupção. Foi reeleito em 1998 e 2002. Em 2003, rompeu com o PT por discordar das práticas do partido no governo e no Congresso. Em 2006, foi o deputado federal mais votado do Estado do Rio de Janeiro, com 293.057 votos."

Para quem se interessar, segue o link da íntegra do debate realizado ontem (quinta) no Jorna O Globo.
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM894877-7823-INTEGRA+DO+DEBATE+ENTRE+EDUARDO+PAES+E+FERNANDO+GABEIRA,00.html

Vamos com Gabeira!! Rumo à vitória!!!
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Assunto: GABEIRA: JÁ OU JÁ ERA!!!! (TEXTO DE FELIPE GALVÃO)

Não tem mais jeito. Já ficamos muito tempo na sombra
morna da amendoeira, nesse serão, no encosta-barriga. É tempo de guerra aqui
no Rio, e os motivos são tão óbvios que não precisa dizer. Então, vamos
fazer algo novo, pra frente. Agora a gente tem que mudar mesmo. Agora, 'já é
ou já era'.
Segue abaixo um pouquinho do Gabeira, pra gente
levar esse homem logo pra Prefeitura.
- Você anda na rua e qualquer pessoa te diz: 'É, o
Gabeira é honesto'. Todos são unânimes no quesito honestidade / caráter do
Gabeira. De começo, já é tudo que a gente precisa.
- Vai reformular o sistema de transporte, se
baseando no modelo de Curitiba, que dispensa comentários. Além disso: metrô,
bicicleta e relicitação das linhas de ônibus.
- É o único candidato que em seu programa assina o
compromisso de não lotear cargos da prefeitura com indicações políticas.
Está no programa de governo. Nenhum outro fez isso.
- Único candidato que se comprometeu a não poluir a
cidade com cartazes, e não poluiu. Pagou um preço por isso - a publicidade é
realmente tudo nesse jogo -, mas não se vê um pobre diabo na rua vigiando
placa sua. Detalhe: essa galera ganha R$ 10 por dia pra fazer isso.
- Prometeu não falar mal dos seus adversários e não falou.
- Suas propostas na área de saúde foram escolhidas
como as melhores por especialistas da área médica, segundo pesquisa do
jornal O Globo.
- Único candidato que aborda o problema da segurança
desde o centro de poder. Ele falou que uma parte da câmara de vereadores, na
verdade, é de matadores. Quem mais teve esse peito?
Gabeira é lúcido, soube atualizar-se
ideologicamente. A prefeitura sozinha não movimenta as reformas
profundíssimas de que o Rio precisa. E as empresas precisam fazer sua parte
também. Em São Paulo isso já acontece. Parceria e zero hipocrisia.
- Apesar de passar para o eleitorado menos informado
uma postura pacata (alguns o acham 'devagar', sem pulso), Gabeira tem um
histórico de ação, de combate e coragem. Educadamente, lutou contra o regime
militar, educadamente foi metralhado e preso. Liderou o movimento que
derrubou o deputado Severino Cavalcanti, quando fez, educadamente, discursos
incríveis. E, importantíssimo: é o único político que toca no PMDB, esse
monstro imenso, origem de quase toda merda que a gente atura na política
brasileira.
Fala de Caetano:
'Gabeira é mineiro, jornalista, foi revolucionário
exilado, trabalhou como motorneiro de metrô em Estocolmo. E é o homem que
representa o que o Rio deve dizer que quer agora: dignidade. Ele tem a ver
com um futuro bacana que os cariocas não podem jogar fora. Tudo a ver com a
coragem de enfrentar os corruptos do Planalto - no legislativo e no
executivo - e nada a ver com esse folclore de drogas: eu odeio maconha e vou
votar nele.'
Caetano, do seu blog 'Obra em Progresso'
'Nós eleitores cariocas temos de nos encontrar em
torno do nome de FERNANDO GABEIRA. É isso aí: GABEIRA para prefeito do Rio
deve tornar-se a decisão das pessoas lúcidas e honradas dessa cidade, vivam
elas no Complexo do Alemão ou na Gávea, na Barra ou em Parada de Lucas, em
Santa Teresa ou no Vidigal, na Ilha do Governador ou no Leblon.
A gente tem que voltar a ser o que desde a década de
60 deixou de ser: a melhor cidade da América do Sul (como no verso de Caê).

Vamos embora, é Gabeira!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Liderança - Para descontrair um pouco...

Antes de voltar ao assunto de sugestões de melhoria, uma pausa para o café... :)
Recebi este e-mail de um grande amigo sumido, Ericson. Essas pessos depois que ficam famosas... :P
Além de muito engraçado, acho que nos faz refletir sobre o verdadeiro papel de um lider. Será que um lider realmente precisa se fingir de super-homem perante seus liderados?
Divirtam-se e boa reflexão... :)

Abração a todos!

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LIDERANÇA
Há muitos e muitos anos, viveu um homem do mar, conhecido como o Capitão.
Ele era muito valente e jamais teve medo diante de qualquer inimigo.
Certa vez, navegando pelos sete mares, um dos vigias da embarcação viu que se aproximava um barco pirata.
O Capitão gritou: Tragam a minha camisa vermelha!
E vestindo-a, ordenou aos seus homens:
Ataquem! Ataquem e vençam estes malditos piratas!
E assim foi feito, e derrotaram os piratas. Alguns dias mais tarde, o vigia viu dois barcos piratas.
O Capitão pediu novamente sua camisa vermelha e a vitória voltou a ser sua.
Nesta mesma noite, seus homens perguntaram por que ele sempre pedia a camisa vermelha, antes de entrar na batalha,
e o Capitão respondeu:
Se eu for ferido em combate, a camisa vermelha não deixará que meus homens vejam meu sangue, e assim, todos continuarão
lutando sem medo.
Todos os homens, diante daquela declaração, ficaram em silêncio, maravilhados com a coragem de seu comandante. Logo no
amanhecer do dia seguinte, o vigia viu não um ou dois, mas DEZ barcos piratas que se aproximavam.
Toda a tripulação, assustada, dirigiu os olhos para o capitão, e ele, com sua voz potente e sem demonstrar nenhum medo gritou:
Tragam a minha calça marrom !!!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Sugestão de melhoria para os sistemas de controle da gestão do dinheiro público

Estava pensando...

Pagamos altíssimos tributos para a manutenção do Estado que deveria dar a todos condições dignas de vida. Pilares básicos, como segurança, saúde, educação, boas condições de saneamento básico e de conservação das ruas e estradas deveriam ser prioridade absoluta do governo, retorno principal do dinheiro investido por nós através das cobranças, inclusive por leis claras estabelecidas em nossa constituição.
Neste ponto, duas verdades precisam ser consideradas:

1 – É fato que grande parte do orçamento nacional é destinada para estas áreas e que o dinheiro se perde na administração pública desta verba. Corrupção, má gestão, falta de interesse político/pessoal e comprometimento, distorção da visão do papel do servidor público.

2 – É fato que pelos aspectos acima, talvez principalmente a falta de interesse político neste ponto, temos um ensino precário, portanto grande parte da população sem valores estabelecidos e base cultural. Ressaltei o ponto de interesse político por acreditar que este é o principal motivo de ainda resumirmos o foco do nosso ensino fundamental a matérias como português, matemática, ciência e história (matérias sem sombra de dúvidas importantíssimas), esquecendo da importância da reflexão para a formação de valores éticos que servirão de alicerce para um cidadão responsável e capaz de cumprir seu papel de maneira plena na sociedade.

Muito bem.
Um dos deveres do cidadão é fiscalizar a administração pública, exigindo que o dinheiro público seja muito bem empregado, certo?
Como exatamente esperamos que isto aconteça, se grande parte da sociedade nem sabe que esta é uma das funções do cidadão e quando sabe, ou não tem condições de apontar a irregularidade e sugerir possíveis soluções ou ainda não sabe o que fazer para atuar desta forma (quais os procedimentos para a fiscalização) ou os dois. E o que foge às regras anteriores, muitas vezes, não quer fazer nada por saber dos problemas de nosso sistema judiciário e desanimar achando que não fará diferença ou pior, que será prejudicado ou perseguido, de alguma forma. Ou então, prefere se envolver também por falta de valores éticos, no perigoso oportunismo a qualquer preço que vemos na cultura de nossa sociedade?

Bom, com este panorama estabelecido, fica fácil entender que, por sermos uma sociedade não sustentada na prática por valores éticos, sem noção do comprometimento para com o Todo, não temos quase políticos éticos e muito menos condições ou interesse da sociedade dominante em eleger um caso haja.
Um verdadeiro ciclo vicioso que, na minha opinião, só pode ser quebrado por iniciativas privadas (pelo comprometimento de cada pessoa ética, que compreende a importância de uma sociedade justa para o bem de todos) de divulgação e formação de valores e conhecimentos úteis para o pleno exercício da cidadania. Mas este é um papo para outro post.

Por hora, o que quero dizer com este longo (pra variar) texto, é que o mesmo raciocínio lógico acima também nos atrapalha na questão dos controles da administração do nosso dinheiro pelo governo.
Eu confesso que até então não tinha idéia de que atitudes tomar, enquanto cidadão, para fiscalizar as atividades públicas. E hoje tenho uma idéia geral vaga. Estou ainda longe de conhecer o processo completo na toeria e muito menos na prática.
Você sabia que para agir, o cidadão precisa passar pelo complicado caminho de entrar com uma ação popular contra o governo e depois esperar que o Estado defina alguma punição ao servidor público responsável? Ou então, se o cidadão se sentir prejudicado diretamente, pode entrar com uma ação na esfera cívil para contra o Estado, através de um advogado obrigatoriamente (que deve cobrar honorários consideráveis ou com muita sorte aceitar trabalhar por uma boa porcentagem do que conseguir), para buscar uma indenização, dinheiro que na verdade é nosso (público). Conforme for, se tudo acontecer com muito bom senso, ética e imparcialidade (ou seja, raramente) o Estado poderá entrar com uma ação de regresso, que na prática, significa cobrar o dinheiro do servidor público responsável pelo erro, ressarcimento justo aos cofres públicos.
Como estes caminhos podem ser eficientes em uma sociedade onde os processos jurídicos são lentos, o interesse político domina e os cidadãos não são instruídos sobre detalhes como este que são fundamentais para o exercício social?
Poderíamos criar uma contrapartida de cobrança imediata (mesmo que somente inicial ou complementar) do mau administrador público enquanto não somos capazes de cumprir o papel de cidadão plenos em uma sociedade realmente norteada na prática por valores morais e éticos.
A idéia que tive, seria uma espécie de multa, da mesma forma que o governo nos cobra por infrações às leis e regras sociais, como por exemplo, multas de trânsito, diretamente para o servidor público, principalmente para o gestor da verba orçamentária. Esta multa poderia ser gerada a partir de um departamento especial, norteada por leis que determinariam processos específicos, que julgaria rapidamente a acusação (procedente ou não) e emitiria automaticamente a multa ao gestor ou simples servidor. Multa esta que não passaria pelos cofres públicos.
Raciocínio simples. Somos multados por atravessar um sinal vermelho e pagamos juros de mora e multa por atraso nas contas públicas. Nada mais lógico que penalizar o gestor de determinado hospital público no momento em que o cidadão identifica demora no atendimento ou falta de condições estruturais e/ou técnicas para ele. Ou então penalizar o gestor da conservação de uma estrada pública, por má conservação do patrimônio público que esta sob sua responsabilidade.

Acho que este mecanismo seria primordial como passo inicial para a melhoria na gestão do dinheiro público, enquanto não temos as “condições ideais” de sociedade nas quais haja o pleno exercício da cidadania e políticos e servidores públicos profundamente interessados em “servir” ao bem comum, contribuindo para uma sociedade justa e próspera, e portanto melhor para ele mesmo, sua família, amigos, enfim, todos. O inverso do “cada um por si” que impera em nossa cultura.

O que acham?
Procede? Se não, por quê?
Se sim, pensam em outras sugestões de melhoria do controle da gestão do dinheiro público?

Abração a todos!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O mundo conforme Casciari - Hernan Casciari

Achei este texto bastante divertido e interessante. Acho que além das risadas, proporciona boas reflexões também...

Divirtam-se...

Nota sobre o autor:
Hernán Casciari nasceu em Mercedes (Buenos Aires) em 16 de Março de 1971. Jornalista e escritor argentino. É conhecido por seu trabalho ficcional na Internet, onde trabalha a união entre literatura e blogs. Seu trabalho mais conhecido na rede, é um blog de uma mulher gorda entitulado: Mais respeito, eu sou sua mãe.

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Li uma vez que a Argentina não é nem melhor nem pior que a Espanha, só que mais jovem. Gostei dessa teoria e ai inventei um truque para descobrir a idade dos paises baseando-me no 'sistema cão'.
Desde meninos nos explicam que para saber se um cão é jovem ou velho deveríamos multiplicar a sua idade biológica por 7. No caso de paises temos que dividir a sua idade histórica por 14 para conhecer a sua correspondência humana.
Confuso? Neste artigo exponho alguns exemplares reveladores.
Argentina nasceu em 1816, assim sendo já tem 190 anos. Se dividirmos estes anos por 14 Argentina tem 'humanamente' cerca de 13 anos e meio,ou seja, está na pré-adolescência. É rebelde, se masturba, não tem memória, responde sem pensar e está cheia de acne.
Quase todos os paises da América Latina tem a mesma idade, e como acontece nesses casos, eles formam gangues. A gangue do Mercosul são quatro adolescentes que tem um conjunto de rock. Ensaiam em uma garagem, fazem muito barulho, e jamais gravaram um disco.
Venezuela, que já tem peitinhos, está querendo unir-se a eles para fazer o coro. Em realidade, como a maioria das mocinhas da sua idade, quer é sexo, neste caso com Brasil que tem 14 anos e um membro grande.
México também é adolescente, mas com ascendente indígena. Por isso ri pouco e não fuma nem um inofensivo baseado, como o resto dos seus amiguinhos. Mastiga coca e se junta com os Estados Unidos, um retardado mental de 17 anos, que se dedica a atacar os meninos famintos de 6 anos em outros continentes.
No outro extremo está a China milenária. Se dividimos os seus 1.200 anos por 14 obtemos uma senhora de 85, conservadora, cheira a xixi de gato, que passa o dia comendo arroz porque não tem - ainda- dinheiro para
comprar uma dentadura postiça.
A China tem um neto de 8 anos, Taiwan, que lhe faz a vida impossível. Está divorciada faz tempo do Japão, um velho chato, que se juntou às Filipinas, uma jovem pirada, que sempre está disposta a qualquer aberração em troca de grana.
Depois estão os países que chegaram à maioria de idade e saem com o BMW do pai. Por exemplo, Austrália e Canadá, típicos países que cresceram com amparo do papai Inglaterra e da mamãe França, com uma educação restrita e antiquada, e que agora se fingem de loucos.
Austrália é uma babaca de pouco mais de 18 anos, que faz topless e sexo com a África do Sul; enquanto que Canadá é um mocinho gay emancipado, que a qualquer momento adota o bebê Groenlândia para formar uma dessas famílias alternativas que estão em moda.
França é uma separada de 36 anos, mais puta que uma galinha, mas muito respeitada no âmbito profissional. Tem um filho de apenas 6 anos: Mônaco, que vai a caminho de ser puto ou bailarino... ou ambas coisas. É a amante esporádica da Alemanha, caminhoneiro rico que está casado com a Áustria, que sabe que é chifruda, mas não se importa.
Itália é viúva faz muito tempo. Vive cuidando de São Marino e do Vaticano, dois filhos católicos gêmeos idênticos. Esteve casada em segundas núpcias com Alemanha (por pouco tempo e tiveram a Suíça), mas
agora não quer saber nada de homens. Itália gostaria de ser uma mulher como a Bélgica: advogada, executiva independente, que usa calças e fala de política de igual para igual com os homens (No entanto o sonho Bélgica é saber preparar um bom espaguete).
Espanha é a mulher mais linda de Europa (possivelmente França se iguale mas perde espontaneidade por usar tanto perfume). Anda muito com tetudas e quase sempre está bêbada. Geralmente se deixa foder por Inglaterra e depois denuncia. Espanha tem filhos por todas partes (quase todos de 13 anos), que moram longe. Gosta muito deles mas perturbam quando tem fome, passam uma temporada na sua casa e assaltam a geladeira.
Outro que tem filhos espalhados é Inglaterra. Sai de barco de noite, transa com alguns babacas e nove meses depois aparece uma nova ilha em alguma parte do mundo. Mas não fica de mal com ela. Em geral as ilhas
vivem com a mãe, mas Inglaterra as alimenta. Escócia e Irlanda, os irmãos de Inglaterra, que moram no andar de cima, passam a vida bêbados e nem sequer sabem jogar futebol. São a vergonha da família.
Suécia e Noruega são duas lésbicas de quase 40 anos, que estão boas de corpo, apesar da idade, mas não ligam para ninguém. Trançam e trabalham pois são licenciadas em algo. Às vezes fazem um trio com Holanda (quando necessitam maconha); outras vezes cutucam a Finlândia, que é um cara meio andrógino de 30 anos, que vive só em um apartamento sem mobília e passa o tempo falando pelo celular com Coréia.
Coréia (a do sul) vive de olho na sua irmã esquizoide. São gêmeas, mas a do norte tomou líquido amniótico quando saiu do útero e ficou estúpida. Passou a infância usando pistolas e agora, que vive só, é capaz de qualquer coisa. Estados Unidos, o retardado de 17 anos, a vigia muito, não por medo, mas porque quer pegar as suas pistolas.
Israel é uma intelectual de 62 anos que teve uma vida de merda. Fazem alguns anos, Alemanha, o caminhoneiro, não a viu e a atropelou. Desde esse dia Israel ficou que nem louca. Agora, em vez de ler livros, passa o dia na sacada jogando pedras na Palestina, que é uma mocinha que está lavando a roupa na casa do lado.
Irã e Iraque eram dois primos de 16 que roubavam motos e vendiam as peças, até que um dia roubaram uma peça da motoca dos Estados Unidos e acabou o negócio para eles. Agora estão comendo lixo.
O mundo estava bem assim, até que um dia Rússia se juntou (sem casar) com a Perestroika e tiveram uma dúzia e meia de filhos. Todos esquisitos, alguns mongolóides, outros esquizofrênicos.
Faz uma semana, e por causa de um conflito com tiros e mortos, nós habitantes sérios do mundo descobrimos que tem um país que se chama Kabardino-Balkaria. Um país com bandeira, presidente, hino, flora, fauna...e até gente! Olhe minha frustação, tenho medo de que apareçam esses países de pouca idade que nunca ouvi falar, mas tenho que tenho que fingir que sabia de sua existencia para não passar por ignorante.
E eu pergunto: Por quê continuam nascendo países, se os que existem ainda não funcionam?

Nota sobre o autor:
Hernán Casciari nasceu em Mercedes (Buenos Aires) em 16 de Março de 1971. Jornalista e escritor argentino. É conhecido por seu trabalho ficcional na Internet, onde trabalha a união entre literatura e blogs. Seu trabalho mais conhecido na rede, é um blog de uma mulher gorda entitulado: Mais respeito, eu sou sua mãe.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A felicidade do Saber

Ontem, tarde da noite aqui no trabalho, entre uma tarefa e outra, olhei para a foto da minha linda, no plano de fundo do meu desktop e naquele mágico sentimento que me conecta instantaneamente ao coração dela e me eleva, senti-me inspirado para escrever uma poesia.
Comecei com a primeira estrofe e o início da segunda. Hoje na hora do almoço terminei.
Inicialmente pensei em adequar o soneto a todas as regras clássicas que lhe são próprias. Respeitei a estrutura de estrofes. Depois, já no final, preparando para fazer a escansão e pensando na quantidade de rimas “pobres” (como são classificadas no estudo da poesia) que ali estavam, decidi que deixaria era do jeito que estava. Foi assim que ele veio. Gostei muito de como está. Pronto. Não achei válido investir mais energia, neste caso, para adaptar à aos padrões clássicos se já estou satisfeito com ele assim e acho que é assim que deve ficar. Seguir padrão só para seguir não faz sentido algum.
Então, lá vai o humilde soneto que não é soneto pelo padrão clássico. Nada de novo, pois os modernos, no início do século passado, já quebraram todas as regras possíveis no intuito e tornaram com isso, possível que o padrão pelo padrão, sem intenção, seja quebrado, sem que críticas aconteçam...

A felicidade do Saber

Se entristecer subitamente, mesmo que só um pouco
Saberás imediatamente que, lá no fundo, eu sofro
Não porque minhas expressões corporais me delatam
Mas porque tu enxergas o fundo do meu coração

Para o cético, provavelmente, é coisa de louco
Limitação criada pelo acúmulo de certo mofo
Típica conseqüência da falta de utilização
Uma grande muralha para a mais pura percepção

Mas para nós que sentimos intensamente
E não negamos por não sabermos explicar
Temos nossos corações felizes a palpitar

Então, sem qualquer esforço da mente
Mesmo quando, por algum momento, carente
Encontro-me apaixonado, a te cantar

domingo, 10 de agosto de 2008

Espírito Olímpico!

Estava com bons amigos em um bar neste sábado. No lugar, muito animado por sinal, várias telas de TV nos cercavam, cada uma mostrando um evento olímpico diferente.
Papo vai, papo vem e então a surpresa!
Uma das telas, para qual acidentalmente olhei, apresentava um quadro com diversos nomes e números estatísticos. O título de tal tabela era:
100m BUTTERFLY WOMEN

Bastante assustado, indaguei aos amigos:

- Mulheres borboleta de 100 metros!?

Estava imaginando algum tipo de experimento genético bizarro, o que não é muito fora de realidade, considerando a paranóia obsessiva por vitória a qualquer custo dos chineses (é só olhar para a a realidade que faz da economia deles a que mais cresce no mundo e para o método de treinamento dos futuros atletas, hoje crianças) ou então uma evolução da natureza.
Após algumas risadas e as devidas explicações, pude observar as competidoras já fora da piscina, depois da prova.
O peculiar é que algumas delas não estavam muito distantes da figura que meu cérebro formou para a nova "espécie"...

:P

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Pausa para reflexão...

Afinal de que servem as surpresas e percalços da vida se não aproveitarmos para aprender com elas, refletir e verificar se podemos fazer algo para sermos melhores ou se precisamos ou queremos mudar nosso direcionamento de alguma forma...
É impressionante o que podemos aprender com a análise de nossos padrões de comportamento e ações passadas. E acreditem. Estes padrões normalmente são mais freqüentes do que imaginamos, mesmo que seja difícil para nós admitir racionalmente que eles existem, ou seja, percebê-los na prática.
Às vezes, por exemplo, percebemos que sempre fomos em direção a algo que nem é tão importante para nós, outras vezes percebemos que o que parecia tão importante para nós não é mais e ainda, em outros casos, percebemos que os caminhos para o que queremos não eram os certos ou os mais adequados.
Fato é que todos estes caminhos são ricos em experiências e em oportunidades de maravilhosos contatos. Amizades fraternais, sabedoria ou os dois ao mesmo tempo acabam sendo as conseqüências naturais de qualquer que seja o percurso que escolhamos.
Ora, o que mais se pode procurar que Sabedoria e Amor?
Em um raciocínio quase lógico/matemático, se entender a importância do Amor é a pura Sabedoria e buscá-Lo e vivê-Lo plenamente é a Sabedoria profunda, podemos dizer que, no fundo no fundo, o Amor é o alvo.
E ele está em nós, nas outras pessoas, na Natureza.
Acho que esta reflexão serve para constatar na prática, através de minhas experiências passadas em busca de uma "meta", que estive buscando durante praticamente uma década, algo que em uma análise final não tinha a menor importância e que, muitas vezes frustrado por não alcançá-la, aproveitei com menos intensidade em certos momentos o verdadeiro "tesouro" da vida que é o Amor. O Amor fraternal, achado nas grandes amizades adquiridas ou reforçadas ao longo das estradas da vida.
Isto me leva a uma reflexão generalizada.
Vivemos muitas vezes na ilusão da busca pela felicidade no exterior, normalmente algo distante e frequentemente quase inalcançável, quando ela efetivamente está em nós a qualquer momento e consequentemente na nossa relação com os próximos e com tudo que nos cerca. Muitas vezes nos vemos traçando planos, escolhendo caminhos e verificando os resultados e tentando nos adequar, em busca de uma "meta" exterior que nada mais é que uma ilusão. Quem sabe, até motivados em grande parte pelo desafio e pela expectativa de suprir a carência daquilo que já temos em nós e à nossa volta? Independente do motivo, parece que criamos alvos ilusórios.
Na verdade, nosso maior objetivo está em nós o tempo inteiro...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Como criamos nossas próprias barreiras II

O orgulho e o egocentrismo

Quando nos encontramos com excesso de confiança, o inverso do quadro abordado anteriormente, podemos cair em uma armadilha muito comum na história da Humanidade.
Há a grande possibilidade de nos encontrarmos cegos pela orgulho exacerbado que abre uma estrada direta e rápida para o egocentrismo sem freios.
É aquela idéia: “Sou invencível e tudo que importa no mundo sou eu. Se outros são fracos, então realmente não merecem a vitória. Eu, poderoso, por outro lado, sempre triunfarei...”.
Este obviamente é um exemplo de ápice da distorção de percepção que este sentimento perigoso pode causar. Seria um provável tirano, em qualquer tipo de grupo social. Seja na família, seja no comando de uma pátria.
Um exemplo mais fácil de encontrarmos e até mesmo de nos identificar em algum momento da vida é aquela idéia: “Eu me garanto. Os outros é que corram atrás do seu prejuízo. Eu estou correndo atrás do meu e sei que vou me dar bem porque sou sinistro e faço por onde”.
Independente do grau deste sentimento perigoso, entendo que ele, que por si só é uma barreira que criamos e que cria diversas outras.
Quando nos vemos com este tipo de cegueira, esquecemos totalmente do próximo e da importância de tudo e todos em nossas vidas. E aí, as conseqüências naturais podem ser fatais. Suas ações acabam por envenenar suas relações com o mundo, pouco a pouco e cada vez é mais difícil entender a importância da relação harmônica e amorosa com tudo que lhe cerca. Este é um exemplo de momento em que questionamentos como, “Este mundo é muito injusto comigo. Não entendo porque tenho tantos problemas”, podem acontecer. Aí, resta a esperança de que esta reflexão abra os olhos da pessoa aos poucos, mostrando caminhos para a felicidade.
É fácil identificar a barreira inicial que o orgulho causa, certo? O egocentrismo avançando, a falta de percepção para a importância de tudo e todos, a sensação de ilusória de onipotência. E daí, a indiferença, a raiva e até mesmo a inveja (obviamente outras limitações que criamos, que serão abordadas em próximos posts) das outras pessoas à sua volta acabam dificultando cada vez mais seu percurso. Uma reação natural da vida. Particularmente, acredito que vem com o intuito de tentar fazer a pessoa acordar para o caminho errado, assim como barreiras de madeira em uma estrada em construção que nos leva a um precipício. Difícil é entender os avisos, quando estamos entorpecidos. Interessante como até mesmo comportamentos negativos, limitadores da mesma forma, funcionam como oportunidades de evolução. Longe de serem os avisos mais adequados na minha opinião mas inquestionável que também servem mesmo. Até mesmo através de ações distorcidas, agressivas podemos encontrar uma semente para a mesma. Longe de ser o ideal é claro. Até porque estas ações negativas geram uma série de outras. Mas é impressionante pensar e perceber como o Universo se regula, não é mesmo? Acho que cabe aquela frase “A evolução pelo Amor ou pela dor...”. Acho que a opção da dor é mais ou menos o que a teoria do caos defende.
Voltando ao tema, acredito que a solução para o problema abordado neste post passa novamente por auto-conhecimento.
A partir do momento que sentimos (muito mais que entender racionalmente o conceito) a importância de tudo e todos para a Harmonia do mundo e passamos a tratar qualquer criatura ou coisa com grande amor, consideração e respeito, da mesma forma que a nós mesmos, não há espaço para orgulho.
Ainda, livres das vendas deste sentimento destrutivo, podemos reconhecer as limitações naturais que nossa percepção e raciocínio lógico geram e entendemos que o verdadeiro saber vem se “saltos” criativos e que independente de todo conhecimento intelectual que possamos absorver, a verdade está naturalmente em nós e podemos percebê-la sempre da maneira mais simples e intuitiva. É uma energia maravilhosa quede transborda em um fluxo constante através de nós e que nos leva ao sentimento de plenitude.
A partir daí, realmente não há orgulho.
Gosto de pensar em três frases de grandes mestres:
Sócrates foi considerado pelo Oráculo de Delphos como a maior sabedoria do mundo conhecido em sua época por sinceramente manifestar a sua percepção sobre as coisas à sua volta e seu funcionamento. “Só sei que nada sei”.
No século passado, recentemente e graças a Deus, muito bem documentado pelos registros históricos, o maior intelecto da Humanidade em sua época, Einstein, disse:

“O espírito científico, fortemente armado com seu método, não existe sem a religiosidade cósmica. Ela se distingue da crença das multidões ingênuas que consideram Deus um Ser de quem esperam benignidade e do qual tem o castigo _ uma espécie de sentimento exaltado da mesma natureza que os relações do filho com o pai _ um ser com quem também estabelecem relações pessoais, por respeitosas que sejam. Mas o sábio, bem convencido, da lei de causalidade de qualquer acontecimento , decifra o futuro e o passado submetidos às mesmas regras de necessidade e determinismo.A moral não lhe suscita problemas com os deuses , mas simplesmente com os homens.Sua religiosidade, consiste em espantar-se , em extasiar-se diante da harmonia das leis da natureza , revelando uma inteligência tão superior que todos os pensamentos humanos e todo seu engenho não podem desvendar , diante dela , a não ser seu nada irrisório.Este sentimento desenvolve a regra dominante de sua vida, de sua coragem , na medida em que supera a servidão dos desejos egoístas.Indubitavelmente, este sentimento se compara àquele que animou os espíritos criadores religiosos em todos os tempos.”

E também que poderia ficar dias e dias “queimando a mufa” na tentativa de achar a verdade universal através do conhecimento lógico e simplesmente achava cansaço e frustração. Porém, bastava relaxar e meditar tranquilamente que Ela aparecia naturalmente de forma clara. Prometo achar este texto na integra e colocar aqui depois.

Queria deixar claro que em hipótese alguma quero dizer com este texto que não temos mérito por nossas conquistas e que não devemos comemorá-las. Pelo contrário, acho extremamente importante reconhecermos cada pequena vitória nossa no dia a dia e é fundamental e natural nos sentirmos felizes por cada pequeno passo de nossa trajetória evolucional. Tanto nos momentos felizes quanto nos momentos difíceis e de tristeza, sempre temos algo para aprender, aproveitar, algo que devemos valorizar.

Também acho válido chamar a atenção para o fato de que o exemplo de sentimento negativo deste post é o extremo inverso do anterior, o que ressalta aquela máxima de que a virtude está no caminho do meio. Vale o ditado “nem tanto ao céu, nem tanto à terra”. Os extremos tendem a ser prejudiciais ao equilíbrio, principalmente se constantes ou freqüentes. Aliás, este é um raciocínio bem lógico, não?

Até o próximo post!
Aguardo comentários.
Acho que através deles podemos desenvolver melhor as idéias apresentadas, com a apresentação de outros pontos de vista e opiniões.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Gostaria de escrever um pouco. Faz bem para o coração. Faz bem para os pensamentos...
Acho interessante. Acho também é a melhor hora para voltar à atividade. J
Finalmente vou tirar a poeira deste blog até então abandonado por um motivo simples: excesso de ação.
É... É basicamente isso.

Bom, a coisa de umas três semanas atrás, havia pensado em escrever sobre um tema específico. Na época, não conseguia parar nem para as necessidades fisiológicas, provavelmente. Bom, agora tenho um pouco mais de tempo. Então, ei-lo.

Como criamos nossas próprias barreiras I

É impressionante a capacidade de criarmos nossas próprias barreiras. Muitas vezes nos encontramos em uma situação que só existe porque acreditamos que ela existe.
Não estou querendo entrar para a seara da série “O Segredo” ou “Lei da Atração”. Até porque entendo que estes livros normalmente esquecem um ou dois aspectos fundamentais. Inclusive este pode ser um bom tema para um próximo post.
Estou falando, hoje, de vida prática.
Também não estou querendo dizer que todos os obstáculos da nossa vida são criados por nós. Apenas que alguns, ou em alguns casos muitos, são.
Vou falar neste primeiro post da série sobre insegurança.
A nossa insegurança, que por si só é um obstáculo criado por nós e que precisamos ultrapassar, seja em relação ao futuro ou em relação à nossa capacidade é normalmente uma causa séria de outros obstáculos. Obstáculos que na verdade não existem ou existiam.
Quantas vezes deixamos de fazer coisas que queremos, que nos motivam e que fazemos muito bem, por insegurança ,seja no futuro que aquela ação trará, seja por acharmos que não conseguimos.
A primeira opção talvez seja em um primeiro momento, intrínseca à natureza humana. Costumo dizer que nossas vidas são como um carro em velocidade considerável (sobre a qual temos algum controle) andando numa estrada escura com um farol que permite uma visão frontal de aproximadamente 1km. E uns 100m pelo retrovisor.
Acho que é bem esperado que tenhamos sempre um frio na barriga à cada decisão que temos que fazer pois não podemos medir nunca a influência total em nós mesmos e nos outros e sabemos quase nada de como a decisão dos outros pode nos influenciar, por vontade direta ou não.
Esta barreira é superada de duas formas, acho:

1- com o famoso espírito aventureiro, presente na curiosidade natural de cada uma das crianças e depois diminuído consideravelmente pela educação que recebemos e também pelo impacto negativo de prováveis experiências desagradáveis que vão acontecendo.
Sim, é o gostar do famoso frio na barriga. É aquele pensamento tipo: “vou em frente pra ver o que há, pois é melhor do que ficar aqui na mesmice, mesmo que aconteça algo inesperado ou ruim”. E em estágio avançado é: “Tenho medo, mas enfrento o que vier. Se não conseguir, fiz o melhor”.

2 – com a utilização da ferramenta mais avançada do direcionamento que o Ser Humano possui, em minha opinião. Uma bússola mega avançada que sempre aponta o caminho certo nesta tal estrada escura que é a vida. Trata-se do nosso Coração. Sim, com letra maiúscula porque não é exatamente e só o órgão que bombeia o sangue, distribuindo o mesmo pelo corpo. Falo da nossa mais profunda Intuição aliada ao nosso sentimento de vontade e motivação, apoiada pelo nosso código interno natural de moral e ética.
É muito difícil colocar em palavras o que é este sentimento puro e forte. Então é algo do tipo: “Sei que é por ali. Quero ir por ali. Vou confiante. Tudo vai dar certo”. Em casos mais avançados, falando de maneira esotérica (para quem acredita) implica em criar um estado propício para recebermos boas intuições e numa manutenção desta conexão com o Universo (aqui cabe para quem acredita a palavra Deus) que permite um fluxo constante e facilitado destas informações guia, inclusive em momentos emergenciais onde não conseguimos achar uma oportunidade propícia para tal.

3 – Um mix do primeiro com o segundo.
Neste caso seria algo como: “Sei que tenho que ir por ali. Quero ir por ali. Acontecerá o que tem de acontecer. Vou fazer o melhor”.

A segunda opção é ainda pior. Existe uma divisão muito tênue entre realmente não possuir talento para algo e ter talento mas “travar” sempre por insegurança e ou medo de errar, o que faz a pessoa instantaneamente entender que
Esta é uma enorme barreira.
Imagino que a solução passe por auto-conhecimento (único que funciona direito em mim, diga-se de passagem...hahahahaa!) e estímulo do lado direito do cérebro. Acredito que o primeiro seja um dos maiores desafios, talvez o mais importante do Ser Humano. Aqui também cabe, para quem acredita no lado místico e esotérico ou espiritual das coisas, proceder da mesma forma que no segundo tópico da opção anterior. Inclusive, acredito que este canal esteja muito ligado com o nosso insonsciente e o nosso lado direito do cérebro.

Então, a insegurança, se não for ultrapassada, seja como for, caso exista, é claramente uma barreira criada por nós e deixamos de fazermos coisas importantes para nós e para os outros por causa dela. E ainda cria mais barreiras.
Vou dar um intervalo por aqui e volto para responder comentários e posteriormente escrever a continuação deste post.
Espero que curtam o tema e sinceramente que ele crie reflexões e debates saudáveis.

Abraços a todos

Fiquem com os Anjos